sexta-feira, maio 21, 2010

Aviso aos administradores italianos sobre o crash do petróleo

Com o objetivo de alertar os entes públicos italianos para a alta possibilidade de um crash petrolífico, a sessão italiana da Aspo (Association for the Study of Peak Oil) enviou, no início deste mês, uma carta aberta aos administradores municipais e regionais informando sobre a ligação entre a crise econômica e a disponibilidade de petróleo hoje no mundo.

Obviamente, não é um assunto de interesse apenas da Itália. Conforme a Aspo, se não revisarmos urgentemente nosso modelo de desenvolvimento, baseado em um crescimento material infinito, não evitaremos o colapso.

Segue um resumo da carta traduzido para o português (aqui a versão integral, em italiano):

"A disponibilidade de petróleo a baixo custo é em declínio

Existem razões muito fundadas para afirmar que a crise financiária - partida em 2007 em modo gradual e evoluída em 2008 para um verdadeiro e próprio redimensionamento da economia global - tenha origem em grande parte da incapacidade de extrair petróleo a custos suficientemente baixos, tais da sustentar o crescimento imposto pela economia de mercado.

A enésima crise e a consequente diminuição do consumo teve o efeito, sem dúvida temporário, de desacelerar o déficit de petróleo, obviamente às custas de um relativo empobrecimento de muitos países e das camadas mais desvantajadas de suas (e sempre crescentes) populações; a atual estabilização dos preços do barril acima de 80 dólares testemunha porém que os fundamentos desencadeados não foram modificados.

A relativa e modesta recuperação em curso não poderá que acentuar e aproximar o momento no qual a oferta de petróleo não vai mais fazer frente à demanda mínima suficiente a sustentar o crescimento necessário a um desenvolvimento harmônico e ao bem-estar difundido.

A propria Agência Internacional para a Energia (AIE) e o governo dos Estados Unidos publicaram pela primeira vez uma advertência que, se bem interpretada e seguida de ações adequadas, poderá ajudar pelo menos a atenuar os efeitos do próximo crash petrolífico.

A nossa associação se permite sugerir uma particular atenção não apenas ao evento previsto, mas também a sua colocação no tempo, que é extremamente próxima (em 2 ou 3 anos) e que de fato rende dificilmente proponíveis e praticáveis programas de reconverção a curto tempo do sistema energético e tecnológico.

A saída é no entanto lenta e longa e deve ser percorrida logo. E necessita de um forte empenho da parte de todos os níveis de governo e administrações relativas à produção de energia através de fontes renováveis, à economia e eficiência energética e ao transporte sustentável."

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